segunda-feira, 29 de agosto de 2011

ELITE BRACARENSE NO BOM JESUS

A foto, abaixo, regista uma passagem do poder e da classe dirigente bracarense, nos anos 60, pelo Bom Jesus.

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domingo, 28 de agosto de 2011

TRABALHADORES VISITAM O SAMEIRO

Operários da Fábrica Ralha, de Braga, confraternizaram no Sameiro em 19 de Julho de 1958.

19-7-1958, confraternização operária da Fábrica Ralha no Sameiro

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

TRABALHADORES VISITAM O BOM JESUS

Os trabalhadores da Cortadoria Nacional de Pêlo visitaram o Bom Jesus do Monte, em 6 de Maio de 1951, na companhia do Arcipreste de Braga Cónego João de Barros.
A Cortadoria Nacional de Pêlo distribuía-se por 24 unidades, na sua maioria em instalações precárias, com processos de fabrico ultrapassados e eminentemente tóxicos.
A Cortadoria Nacional de Pêlo foi constituída em 1943, com sede em S. João da Madeira.

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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

BOM JESUS EM REPORTAGEM DA RTP

PORTUGAL EM DIRECTO  
http://tv2.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=19455&c_id=5&dif=tv&idpod=61333

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Mire de Tibães fez ‘O Cerco’, artigo do Correio do Minho de 8-8-2011

autor José Paulo Silva

A crise económica obriga a gastos mais comedidos na organização das festividades do mártir S. Sebastião, mas a população da freguesia de Mire de Tibães continua a manter ‘O Cerco’ como manifestação de religiosidade e arraial popular.
A edição 2011 de uma festa cuja origem se perde no tempo encerrou ontem, dia de missa solene e procissão em honra do protector da fome, da peste e da guerra.
O cortejo religioso com 12 andores já não percorreu a totalidade dos lugares da freguesia - particularidade que lhe deu o nome ‘O Cerco’ - mas apenas o percurso entre a Igreja do Mosteiro e a rotunda da estrada municipal que liga a Parada de Tibães e Padim da Graça.
A redução das receitas obtidas por via de patrocínio de empresas obrigou as comissões de festas dos últimos anos a abdicar da contratação de artistas de primeiro plano para animar os arraiais nocturnos.
Este ano, o programa profano foi assegurado com cantadores ao desafio, grupos de concertinas, um grupo de baile e um festival folclórico com quatro ranchos. A Banda Musical de Cabreiros deu o toque festivo a um dia aproveitado para a realização de três baptizados de crianças da terra.
Na homilia do missa solene da festa, o padre Luís Marinho recordou os tempos em que a procissão em honra de S. Sebastião “envolvia a freguesia”, apelando à invocação do santo, já não tanto para a guerra, peste e fome de outrora, mas para as “dificuldades” dos tempos actuais.
Apesar das res trições orçamentais, a comissão de ‘O Cerco’ organizou, em parceria com a Associação Equestre de Lijó, no passado dia 31 de Julho, uma prova equestre com gincana e salto de cavalos, uma novidade no terreiro em frente à Igreja e Mosteiro de Tibães.
A notícia mais antiga conhecida sobre a festa de S. Sebastião em Mire de Tibães foi publicada no jornal ‘O Comércio do Minho’ em Setembro de 1882.
“Muitos vão à festa, à romaria, por desenfado, recreio, ou por se divertir; mas a maior parte, arrastados pela corrente eléctrica de um sentimento religioso, que todos abrigamos no íntimo do coração”, relatava o repórter da época, depois de ter visto sair a procissão com seis andores e duas bandas de música.
Passados quase 130 anos, os sentimentos dos que se deslocam ao terreiro e igreja do Mosteiro de S. Martinho de Tibães serão os mesmos, atendendo a que ‘n’estas festas da aldeia há tanto de profano, como de religioso e sublime”.
No ano de 1997, a comissão de festas e o Museu do Mosteiro de S. Martinho de Tibães publicaram ‘O Cerco - uma festa de Mire de Tibães’, pequena publicação com testemunhos de homens e mulheres que “fizeram, participaram e viveram O Cerco”.
Domingos Silva, festeiro em 1953, relata que, tal como agora, as dificuldades económicas para fazer a festa eram muitas. Nessa altura, fazia-se a festa “por causa do bicho das terras”.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

SANTUÁRIO DO BOM JESUS DÁ MAIS ESPAÇO A FIÉIS E TURISTAS, ARTIGO DO CORREIO DO MINHO DE 8 DE AGOSTO

autor José Paulo Silva

A Confraria do Bom Jesus do Monte inaugura hoje a Alameda Cónego José Marques, pequena parte de um vasto plano de recuperação deste santuário e estância turística iniciado no início da década.
Depois do investimento feito na recuperação de unidades hoteleiras, aquela entidade tem em fase conclusiva obras de requalificação de espaços públicos de um dos pontos mais procurados do roteiro turístico bracarense.
A Alameda Cónego José Marques, porta principal de entrada no santuário do Bom Jesus do Monte, é uma marca do ordenamento da circulação automóvel e pedonal idealizado pela Confraria.
As obras já realizadas limitaram a circulação automóvel em redor do templo principal do santuário e disciplinaram o estacionamento. Imediatamente antes da Alameda Cónego José Marques, existe agora um parque de estacionamento para autocarros, um meio de transporte muito utilizado por turistas, sobretudo nesta altura de Verão.
Para quem pretende aceder ao santuário pela monumental escadaria ou pelo único funicular no mundo ainda movido a água, foi desenhada, na zona do Pórtico, um parque de estacionamento para ligeiros e outro para veículos pesados.
O propósito já expresso pelo presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte, João Varanda, é retirar o mais possível os carros do santuário, devolvendo a este espaço mais sossego, o que não se consegue com os carros a circular junto às pessoas.
A inauguração, ao final da tarde de hoje, da Alameda Cónego José Marques, faz parte da homenagem que a Confraria do Bom Jesus do Monte presta ao seu presidente honorário falecido há precisamente um ano.
A actual Mesa da Confraria destaca que ao cónego José Marques se deve, a concepção, os projectos, o arranque e o enquadramento das obras de reabilitação do santuário que, a partir de hoje ostenta, numa das entradas, o seu nome.
O arcebispo primaz de Braga associa-se hoje à homenagem da Confraria do Bom Jesus do Monte ao cónego José Marques.
O prelado preside, às 18h00, no templo do Bom Jesus, a uma missa de homenagem ao juiz-presidente honorário da Confraria, antes do descerramento da placa que identifica a Alameda Cónego José Marques.
José Carlos Peixoto, mesário da Confraria, destaca que aquele sacerdote “envolveu-se intensamente e desinteressadamente na resolução de múltiplos problemas com uma determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum. Lutava contra as burocracias dos gabinetes, sempre por uma causa, a dignificação da estância, deste monte-sagrado, qual Jerusalém libertada, qual caminho para a Cruz e Jerusalém Celeste”.
José Carlos Peixoto recorda também que o cónego José Marques “nunca desviou a atenção do essencial. O centro da sua actuação era o Bom Jesus. Dias antes da sua morte, veio celebrar a este santuário, à semelhança de tantas e tantas vezes. Veio dizer um até já ao Bom Jesus do Monte, pois, em conversa, desabafou que seria a última vez que celebraria neste templo”.
O sacerdote, que foi professor de Teologia Moral e Direito Canónico, para além de muitos artigos e traduções, publicou ‘Direito Sacramental II. Direito Matrimonial Canónico’, ‘O Direito de associação e as associações de fiéis na Igreja à luz do Vaticano II e do novo Código de Direito Canónico’, ‘Identidade do Sace rdote - O sacerdócio ministerial no Magistério de João Paulo II’.
Em 1982, foi nomeado juiz presidente da mesa Administrativa da Confraria do Bom Jesus do Monte, cargo que exerceu até ao ano de 2003.
Na passagem do bicentenário da conclusão das obras do templo de Bom Jesus do Monte, os espaços do santuário apresentam um aspecto renovado, bem diferentes da degradação e mesmo dos indícios de ruína em que se encontravam há alguns anos atrás. A estância está a refrescar-se com intervenções na zona do lago e do parque de merendas, a par da alteração dos circuítos automóveis.
O património construído vai sendo também recuperado, aparentemente a um ritmo mais lento, talvez porque os mecenas, já solicitados pelo arcebispo primaz, D. Jorge Ortiga, não surjam em número suficiente. O visitante do santuário detecta sinais de obras nas três capelas da Praça dos Apostólicos e também, de forma mais explícita, na Capela do Levantamento, aqui com referência à empresa que está a custear os trabalhos de conservação e restauro.
Já concluída há algum tempo está a requalificação do edifício-sede da Confraria do Bom Jesus do Monte, conhecida também por ‘Casa das Estampas’, que já foi parcialmente ocupada como quartel da GNR e que acolhe actualmente o Centro de Exposições Cândido Pedrosa, ex-juiz presidente da Confraria que deu também o seu impulso aos projectos de reabilitação do património do santuário que se perfila como candidato a Património Mundial da Humanidade.
O Congresso Luso-Brasileiro do Barroco, que o santuário do Bom Jesus acolhe, de 20 a 22 de Outubro, pode dar uma ajuda ao reconhecimento por parte da UNESCO. Aliás, um dos objectivos expressos do Congresso organizado pela Confraria do Bom Jesus do Monte é “criar dinâmicas de captação de apoios para a candidatura do Bom Jesus a Património Mundial da Humanidade”. Apoio nessa candidatura poderá ser dado também por com o ressurgir da Associação ‘Amigos do Bom Jesus do Monte’, fundada em 1952.
A ideia que tem vindo a ser defendida por José Carlos Peixoto, um dos actuais mesários da Confraria. “É o Bom Jesus do Monte, no seu conjunto, um oásis encantador, maravilhosamente apropriado ao repouso e ao restauro das forças do espírito e do corpo”. A convicção, escrita em meados do século passado pelo arcebispo de Braga, D. António Bento Martins Júnior, confirma-se na actualidade com a atracção que o ‘monte santo’ bracarense exerce sobre inúmeros praticante de caminhada, corrida e ciclismo.
Ontem de manhã, a rodovia que liga a cidade de Braga ao santuário era percorrida por dezenas e dezenas de caminhantes e ciclistas, em ritmo mais ou menos apressado. Os circuitos pedonais da estância eram também muito frequentados pelos amantes do ‘jogging’ e das bicicletas, o que torna urgente a criação de estruturas de apoio dignas a estes visitantes.
O ‘café’ que funciona junto ao lago, ontem de manhã encerrado, não reúne condições mínimas de acolhimento. Apesar de tudo, a frescura do bosque - cujas espécies a Confraria pretende inventariar - parece ser irresistível para muitos amantes da natureza e desportistas, tal como o foi para o escritor Camilo Castelo Branco, que procurou no contacto com as árvores do Bom Jesus remédio para as suas fraquezas físicas e psíquicas.

domingo, 7 de agosto de 2011

FESTA DO CERCO

Teve lugar no dia 7 de Agosto, uma das festas principais da freguesia.
Tem este nome, pois a procissão, no passado, corria toda a aldeia, de molde a cercá-la e protegê-la dos males da fome, da peste e da guerra, ou não fosse S. Sebastião o padroeiro.
Remonta ao século XIX e a partir daqui sofreu várias alterações no formato e na data em que ocorria a festa.
Em pleno século XXI, talvez fosse o momento para uma reflexão sobre a forma e o conteúdo da mesma, é o caso do Coro das Virgens, uma das curiosidades da procissão.







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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

CONFRARIA DO BOM JESUS INAUGURA ALAMEDA CÓNEGO JOSÉ MARQUES

Na próxima 2.ª feira, dia 8, a Confraria do Bom Jesus do Monte presta uma homenagem ao Cónego Doutor José António Gomes da Silva Marques, presidente honorário da Confraria.
Do programa da homenagem salientamos três números: às 18 horas, uma concelebração presidida pelo Sr. Arcebispo Primaz; às 19 horas, a inauguração da Alameda Cónego José Marques; às 19.30 horas, um Verde de Honra no Hotel do Elevador.
Esta iniciativa insere-se no vasto programa de comemoração do bicentenário do lançamento da última pedra do templo.    
José António Gomes da Silva Marques, nasceu no lugar de Cidelo, freguesia de Santo Estêvão de Penso, concelho de Braga, a 16 de Março de 1933. Faleceu em 8 de Agosto de 2010.
Foi ordenado sacerdote a 14 de Julho de 1957. Em 1959 licenciou-se em Direito Canónico pela Pontifícia Universidade Canónica de Roma. A 10 de Junho de 1963 defendeu publicamente a tese de doutoramento na mesma universidade, com o tema «A boa fé na prescrição Longissimi Temporis. Sua necessidade e natureza segundo o Doutor Pedro Barbosa», com a classificação mâxima «summa cum laude», publicada, em Braga, em 1964.
Ao longo da sua vida desempenhou empenhadamente variadas funções e cargos relevantes:
- de 1963 a 1967, chefe da secretaria arquidiocesana e capelão da Senhora-a-Branca;
- professor de Direito Canónico de 1963 a 1969;
- professor de Teologia Moral de 1968 a 1972 no Seminário Conciliar de Braga;
- professor na Faculdade de Direito Canónico da Universidade de Navarra, de 1972 a 1978;
- chefe de redacção e director das revistas «Theologia», «Palavra e Vida», «Celebração litúrgica» e colaborador da redacção da revista «Ius Canonicum» do Instituto Martín de Azpilcueta;
- advogado da Rota Romana;
- orientador de Teses de Doutoramento, tendo integrado vários júris de doutoramento em Direito Canónico, na Faculdade de Direito Canónico da Universidade de Navarra;
- Vigário Episcopal para a Educação da Fé, a partir de 1 de Janeiro de 1979;
- Vigário Geral da Arquidiocese de Braga, em Agosto de 1978, cargo que exerceu até 1984;
- em 29 de Novembro de 1981, Capitular da Sé de Braga, tendo tomado posse em 2 de Fevereiro de 1982;
- em 1982, Juiz Presidente da Mesa Administrativa da Confraria do Bom Jesus do Monte, cargo que exerceu até 2003;
- Vigário Judicial do Tribunal Metropolitano Bracarense desde 1984;
- a 1 de Outubro de 1988 promotor da Justiça;
- sócio-fundador da Associação Portuguesa de Canonistas e Presidente da Direcção, de 1990 a 2003;
- de 1995 a 1999, pároco de Escudeiros;
- nomeado, a 31 de Outubro de 1996, para a Comissão Canónico Jurídica do Sínodo;
- a 5 de Janeiro de 2003, mestre-escola do Cabido;
- em 7 de Maio de 2003, Presidente Honorário da Confraria do Bom Jesus do Monte.
Para além de muitos artigos e traduções, publicou vários originais:
- Direito Sacramental II. Direito Matrimonial Canónico. Universidade Católica Editora, Lisboa 2004;
- O Direito de associação e as associações de fiéis na Igreja à luz do Vaticano II e do novo Código de Direito Canónico (separata de Theologica, vol. XIX, pp. 429-589, Braga 1984);
- Identidade do Sacerdote – O sacerdócio ministerial no Magistério de João Paulo II, Braga 1980 (Separata de Theologica, vol. XV).
A história julga não só os resultados mas também os seus propósitos. A ele se deve, a concepção, os projectos, o arranque e o enquadramento das obras de reabilitação do Bom Jesus do Monte que se realizaram ultimamente.
Envolveu-se intensamente e desinteressadamente na resolução de múltiplos problemas com uma determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum. Lutava contra as burocracias dos gabinetes, sempre por uma causa, a dignificação da estância, deste monte-sagrado, qual Jerusalém libertada, qual caminho para a Cruz e Jerusalém Celeste.
Se nos faltam as virtudes não temos nada. No convívio e nas relações imprimidas na Confraria, as suas qualidades essenciais mereciam a nossa admiração. Recordamos a sua frontalidade, a atenção e a sensibilidade que prestava a tudo o que girava em seu redor. Não concebeu o ministério sacerdotal como mero trabalho à procura de resultados pessoais, pois a razão de ser da nossa vida é a humanidade através duma mediação de serviço e doação.
Nunca desviou a atenção do essencial. O centro da sua actuação era o Bom Jesus. Dias antes da sua morte, da sua passagem para a vida eterna, veio celebrar a este santuário, à semelhança de tantas e tantas vezes. Veio dizer um até já ao Bom Jesus do Monte, pois, em conversa, desabafou que seria a última vez que celebraria neste templo.
Foi, com certeza, a última vez que peregrinou até esta estância, mas que se prolonga, agora, na Estância Celeste do Bom Jesus.