quinta-feira, 30 de outubro de 2008

500 ANOS AO SERVIÇO DA VIDA



Em postagem anterior, demos conta do contributo de alguns arcebispos de Braga para a fundação do Hospital de S. Marcos (1508-2008), hoje queremos dar conhecimento das comemorações em curso, que se estendem entre 27 de Abril e 20 de Novembro e, sobretudo, informar da publicação de duas obras: A Igreja de S. João Marcos do Hospital do Cónego António Macedo e A Misericórdia de Braga - A assistência no Hospital de São Marcos, de Maria de Fátima Castro.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

NETA DO FUNDADOR DO ELEVADOR DO BOM JESUS DO MONTE


Faleceu em Outubro último, com 95 anos, D. Ilda Gomes, neta de Manuel Joaquim Gomes, fundador do Ascensor do Bom Jesus do Monte, residente no lugar de Dadim, Nogueiró, Braga.

200 ANOS SOBRE AS INVASÕES FRANCESAS EM BRAGA - CARTUXAME E MOSQUETARIA PARA A RESISTÊNCIA

Vamos comemorar no próximo ano, dois séculos sobre a segunda invasão francesa. Como a abordagem das invasões francesas, as suas causas e consequências são objecto dos Programas de Historia, aqui vos deixo alguns dados importantes e inéditos relacionados com este período da nossa história, e que ocorreram na nossa cidade.
A Batalha de Carvalho d'Este e a resistência nas montanhas de Carvalho d'Este terminou na manhã de 20 de Março de 2009, revela o heroísmo dos bracarenses que se ergueram pela defesa da sua terra e dos seus valores. Foi uma luta desigual, de um lado um exército com 35 mil homens munidos de cavaaria e artilharia, do outro 20 mil homens (tropas, milícias e populares armados, apenas, com paus). As balas foram fundidas a partir dos sinos da cidade. A resistência terminou ao fim de três dias, deixando no campo de batalha mais de 1200 mortos.
Como, nesta escola, sempre frequentaram meninos que residem no Colégio de S. Caetano, vamos, igualmente, relacionar esses dados com factos verificados nessa instituição, durante esse período histórico.
O nosso pais, em consequência da não adesão ao bloqueio continental, foi invadido, três vezes, pelos franceses. Das invasões, apenas a segunda, comandada pelo Marechal Soult, passou pela cidade de Braga.
Nicolau Soult comandava um exército de 24 mil homens, com quatro divisões de infantaria, sob as ordens dos Generais Merle, Mermet, Delaborb e HeudeIet, mais uma divisão de cavalaria às ordens do General Franceschi e duas brigadas de dragões comandadas pelos Generais Lahoussaye e Lorges.
Chegaram a Braga em 20 de Março de 1809, encontrando-a praticamente deserta, refere o livro de receitas do CoIégio de S. Caetano, dia em que o Tesoureiro do Depósito Geral procedia à liquidação do aluguer de uma sala que possuía no mesmo depósito.
A sua passagem ficou bem registada em muitas referências encontradas nos manuscritos existentes no Colégio de S. Caetano. Além disso, dilaceraram o livro de matriculas com cuja sorte se perderam muitas memorias importantes para o seu estudo.
A chacina, a rapina e a destruição produziram várias sequelas. Por exemplo, o colégio perdoou ao inquilino da casa número 5, na Rua de S.to António, José da Purificação, parte da renda vencida no S. Miguel de 1809, em atenção aos graves prejuízos que sofreu com a invasão e as doenças que teve, ficando reduzido à extrema pobreza. Também se baixou, em 1810, o aluguer da casa número 6, na Rua de S.to António, propriedade do colégio, de 60000 para 40000 réis/ano, por não haver inquilinos para as casas e o inquilino Manuel José Vieira do Paraíso, negociante, ter de abater o negocio em virtude da guerra.
Aconteceu, igualmente, que alguns pais tiveram que se separar dos filhos, deixando-os ao cuidado do colégio, para fugirem aos franceses, caso de Manuel Alves, de S. Pedro de Atei.
No entanto, a maior parte dos alunos abandonou o colégio e fugiram para as suas terras, ficando os custos por conta da instituição. Outros acompanharam o Sr. Arcebispo na fuga, caso de José Joaquim Monteiro Cabral, afilhado de D. José da Costa Torres, que fugiu no dia 16 de Março de 1809.
Encontrámos, ainda, anotações feitas pelos franceses, no inventário de 1799, em nosso entender, com nítido propósito de afirmação. Numa dessas páginas figurava uma cópia de uma ordem de serviço (ordere du joure de l’arm, du 9 Marse 1809, aux corpes darm ... , possivelmente retirada do Livre d'Ordre de La Primier Compagnie du 26. me Regimentt).
A invasão dos franceses prejudicou grandemente o colégio, tendo destruído móveis e alfaias, como também arruinaram o edifício, sendo preciso recorrer às escassas rendas para atender aos reparos do edifício e ao provimento dos móveis mais necessários.
O papel do colégio na defesa da pátria e desta província foi, igualmente, digno de realce, por outros motivos. Directores, mestres e alunos empenharam-se na manufactura de cartuxame e mosquetaria de fuzilaria para a tropa e forca armada desta província. Para tal montaram uma fábrica e um laboratório nas Casas do Campo de S. Sebastião, que eram propriedade da instituição.

A NOSSA IDENTIDADE - O TI-ZÉ-DA-AURORA

Há dias em que não conseguimos definir o que sentimos. Se fôssemos capazes de dar um nome a essas coisas não mergulharíamos em situações de vazio. Outras vezes é necessário andar muito tempo para trás até descobrirmos a essência da nossa identidade.
Naquele dia do aniversário dos meus sete anos, desaparecia o Ti-Zé-da­-Aurora, cuja auréola iria permanecer indelevelmente gravada, para sempre, no meu coração.
O meu avô era de estatura alta, franzino, sorriso escondido sob um bigodinho característico da família. Nele as rugas não assentaram arraiais, os cabelos nunca conheceram um tom esbranquiçado e os ossos nunca resmungaram. Nunca sentiu o peso dos anos, nem chegou a conhecer momentos de isolamento e de dependência, pois deixou-nos na aurora da vida.
De modo repentino, aquela força da juventude diluiu-se fisicamente no quotidiano das nossas vidas, deixando uma marca de dor e saudade. Não houve oportunidade para partilhar a sua sabedoria e a experiência acumulada.
Como te revejo pela entrega a certas causas com um brilho nos olhos e uma doçura na palavra!
Quantas histórias ficaram por contar! Quantos passeios ficaram por dar! Quando regressavas da Fábrica de Ruães e, depois de enganares o estômago, era ver-te com uma mão agarrada à enxada que levavas ao ombro, pelo Campo de Seixido abaixo, e a outra segurando ternamente o neto.
Aquela figura mágica, o avô mítico das histórias de encantar, não chegou a ser idoso. Não conheceu reforma, nem o estatuto penoso do reformado, não bateu cartas na banca improvisada do jardim, não chegou a envelhecer, nunca aprendeu a conjugar a expressão «ser velho», nunca deu mostras das «maleitas da idade», não contou com todo o tempo do mundo para conviver com os netos - alguns não chegou a conhecer - e com os amigos da «caça».
Não houve tempo para estabelecermos cumplicidades estimuladoras. Ficaram olhares, carinhos, sorrisos, recordações que enchem o tempo de saudade.
Em todas as crianças há um tempo, um espaço e um ser, mas tu desapareceste antes do meu tempo se cumprir e do meu ser se realizar. Se voltasses sorririas, por baixo do teu bigodinho, pois verias como cresci na tua ausência.
Será que quando nos entregamos à memória, aquele emaranhado de emoções a que não conseguimos dar nomes, será que estamos pura e simplesmente a analisar caminhos e influências?
Quando me entrego a certos pensamentos, recordo o teu olhar doce ao admirares os meus primeiros sarrabiscos e as minhas primeiras letras. Como sinto as tuas mãos calejadas do trabalho do campo e da labuta da fábrica ao afagares o rosto do neto mais velho. Como te enchia de vida e de entusiasmo o meu regresso às segundas-feiras. Os fins de semana eram uma eternidade.
Ai, se conseguisse agarrar as palavras que passam cá dentro! Se Ihes deito as mãos desabafarei que foste o melhor avô do mundo.

domingo, 26 de outubro de 2008

HOSPITAL DE S. MARCOS - 500 ANOS

Comemoramos, em 2008, cinco séculos sobre a fundação do Hospital de S. Marcos. Três grandes arcebispos de Braga desempenharam um papel fundamental na criação e desenvolvimento desta instituição.
Em 1508, D. Diogo de Sousa (1505-1532) funda esta instituição, no âmbito do seu plano reformador, que ao longo de 500 anos esteve ao Serviço da vida, como sinal de fé, da história e da arte, com o objectivo de reunir num só conjunto todos os hospícios, lazaretos e albergues de acolhimento dispersos pela cidade.
D. Diogo de Sousa, como Senhor de Braga, entregou, em 1559, à Câmara Municipal os cuidados de saúde e de assistência. Em seguida, Frei Bartolomeu dos Mártires entregou esses serviços à Misericórdia de Braga.
Mais tarde, D. Frei Caetano Brandão viria a fazer desta instituição uma verdadeira escola de medicina. Dotou-o de novos instrumentos médicos, de novas práticas, de uma escola de cirurgia, e de vastos donativos.






sexta-feira, 24 de outubro de 2008

QUANDO AS REFORMAS DO ENSINO NÃO RESULTAM

Ocorreu-me este artigo, quando assisti a uma conferência do Professor Ivor F. Goodson, autor do livro Conhecimento e Vida Profissional, Estudos sobre Educação e Mudança, na II Conferência Internacional sobre Estudos Curriculares, no dia 24 de Outubro, na Universidade do Minho.
O título deste artigo nasce de uma questão nuclear colocada pelo conferencista. Citou países que gastam milhões em reformas educativas mas que acabam por não resultar.
Porquê? O conferencista respondeu: «pelo simples facto de os professores não serem ouvidos».
O enfoque deve ser colocado no conhecimento dos professores, nas suas «estórias», mas suas narrativas, nos seus diários, na investigação-acção e na fenomenologia. Quando os professores falam da sua prática, fornecem conhecimentos pessoais e práticas sobre o seu saber especializado e oferecem oportunidades de representação.
Quando a «estória deixa de estoriar», ela transforma-se num pedaço de história, num dispositivo interpretativo.
Os professores não são ouvidos porquê? A educação não é um processo que deve envolver todos os intervenientes no acto educativo?
Os professores, enquanto contadores de «estórias de vida» não negligenciam o contexto estrutural dessas vidas, conduzem-nos a um terreno social rico, a entendimentos sobre a natureza socialmente construída das nossas experiências.
O Ministério da Educação só ganharia em ouvir os professores, a educação avançaria se envolvesse os professores, pois só nós podemos indicar o caminho através das nossas acções.
O poder continua a ser administrado de forma hierárquica, enquanto que as «estórias individuais e práticas dos professores» oferecem um espaço para respirar e reduzem o oxigénio necessário para se conseguir uma compreensão mais abrangente.
Quando se passa por cima da opinião e do sentir dos professores, estes divorciam-se do poder e assim se liquidam novas formas de produção, colaboração, representação e conhecimento.
O poder passa a basear-se em teorias descontextualizadas, não se baseiam na pesquisa educacional e não se apoiam na experiência vivida da escolaridade e nos padrões culturais emergentes na sociedade.
Numa palavra, não estaremos a assistir a uma liquidação da contestação cultural evidenciada no discurso teórico e crítico?

domingo, 19 de outubro de 2008

Festividade em honra da Senhora do Rosário


A Confraria da Senhora do Rosário de Mire de Tibães comemorou, no dia 19 de Outubro, mais uma vez, a tradicional festividade em honra de N-ª Sr.ª do Rosário.
Numa freguesia em que abundam festividades com programas religiosos e profanos, nomeadamente, O Cerco, a Sr.ª do Ó, S. Filipe e S. Gens, é de louvar a manutenção desta festa, bem como a do Menino Jesus, apenas, com cariz religioso: eucaristia solene, sermão e procissão.

A PEDAGOGIA DOS PROBLEMAS

(Artigo publicado na revista Andarilho,n.º 23, 2001)
Aprendi com John Dewey que «toda a lição deve ser uma resposta» e um encontro.
Uma resposta às inquietações, dúvidas, interrogações, perplexidades, necessidades e vazios dos alunos.
Um encontro para a construção de identidades, para a afirmação das diferenças. Um encontro com a singularidade dos nossos alunos, um ponto de encontro com a pedagogia dos problemas.
Obviamente que não vou ao ponto de vos roubar o direito ao tempo com lições de qualquer espécie. Mas a este propósito considero que é importante fazer do tempo estreita conta e não gastar sem conta tanto tempo, como refere Frei Castelo Branco num dos seus belos sonetos:
Ó vós, que tendes tempo e tendes conta,
Não o gasteis sem conta em passatempo;
Cuidai, enquanto é tempo, em terdes conta!
Os ritmos e as circunstâncias diferem. O tempo de cada aluno já não coincide com os sonhos dos adultos e o tempo de cada professor já não se compadece com o hábito de vivermos como donos exclusivos do saber.
Precisamos de antídotos para rotinas instaladas. É preciso reflectir ouvindo-nos uns aos outros. Tenho sempre presente o provérbio chinês: «o que eu ouço, esqueço; o que eu vejo, recordo; o que eu faço, aprendo». É preciso reafirmar a necessidade do aperfeiçoamento de práticas pedagógicas de modo a que todos os alunos aprendam mais, melhor, e mais adequadamente.
Mais que lições sobre precariedade, flexibilidade, currículos, polivalência, penso, sobretudo, numa pedagogia da esperança, que acredita que o futuro é possível, que as nuvens escuras desaparecerão no horizonte, que a relação pedagógica pode ser um lugar de encantamento e a base de toda a aprendizagem.
Penso nas aulas sobre substantivos, adjectivos e verbos. Como se abordássemos os conteúdos nos moldes de uma linha de montagem. A aprendizagem é sempre perfeita sendo natural e informal. A aprendizagem deve acontecer ao ritmo vital da criança. Apenas o vital é aprendido.
Penso nas vantagens dos trabalhos de casa e na preguiça. Roland Barthes tem um ensaio delicioso sobre a preguiça. Para ele há dois tipos de preguiça. O primeiro, de quem está deitado na rede de barriga cheia. O segundo, é a preguiça infeliz, de quem se arrasta sobre os trabalhos de casa. A vida o está chamando noutra direcção mais alegre. Mas ele não tem alternativas. Por isso se arrasta em sofrimento.
Penso no modo como se processa o conhecimento, como ele deve crescer a partir de experiências vividas. O conhecimento é uma árvore que cresce da vida. Boas intenções e muitos esforços esbarram com o cumprimento dos programas, muitas vezes abstractos, fixos e cegos. Ignoram a experiência que os alunos estão vivendo. É inútil produzir vida a partir de uma mesa de anatomia.
Penso em como é bom ser professor, em como é bom sentir o calor humano, em como é bom ensinar a descobrir o mistério das coisas e da vida.
É neste pressuposto que os formadores planificam e desenvolvem a formação, propondo, negociando, ajudando, avaliando e certificando valores, atitudes, comportamentos e competências.
No fundo o que um professor mais deseja é que os seus alunos (aquelas flores) cresçam confiantes nos seus êxitos. E com o decorrer do tempo possamos concluir como Saint-Exupéry, «o tempo que perdeste com aquela flor é que tornou a flor mais importante».

terça-feira, 7 de outubro de 2008

SONATA DE OUTONO

Artigo publicado na Revista Andarilho, n.º 24, Maio, p. 3, 2002.
Por muito apertados que nos vejamos pelas circunstâncias, nunca temos um só caminho a seguir.
Quando penso na liberdade, por mais rigorosa que seja a nossa programação biológica ou cultural, penso sempre na possibilidade de optar por algo que não está no programa, ou mesmo na hipótese de dizer sim ou não.
Nem sempre pergunto aonde vou, pois os caminhos nunca acabam, fico sempre entre a liberdade da dúvida e o conforto da certeza.
Nos fins do Verão, princípios do Outono, do ano lectivo de 2001-2002, a trilogia incerteza-dúvida-liberdade questionou a minha autonomia, como professor, à luz da presente reforma da flexibilização curricular.
O que tinha como adquirido que o professor não pode separar os conteúdos dos processos, que a ênfase deve ser colocada no que se ensina e no modo como se ensina, aumentou o meu cepticismo, com a emblemática criação do Estudo Acompanhado como uma área que visa promover a aquisição de métodos de estudo e de trabalho. Fico com a sensação que esta área será, para muitos docentes, um dispositivo de compensação educativa imposto a todos os alunos, precisem ou não, e instrumentalizado pelas restantes áreas curriculares.
O que tinha adquirido que um professor é um educador, que os direitos e deveres do cidadão, que a cidadania e a educação cívica deveriam estar permanentemente presentes na actuação de todos os docentes, passou a ser mais uma dúvida, com a criação de espaços próprios para alguns professores desenvolverem as ditas abordagens. A grande tarefa de todos os professores ou educadores não é a de instruir, mas a de educar o aluno como pessoa humana, como pessoa que vai trabalhar no mundo tecnológico, mas povoado de corações, de dores, incertezas e inquietações humanas.
Mas como não somos livres de escolher tudo o que nos acontece, somos, no entanto, livres de responder desta ou daquela maneira ao que nos acontece e, sobretudo, somos livres de tentar coisas novas como os nossos alunos.
Um sistema educativo que respeite a liberdade insistirá sempre na responsabilidade de cada um de nós. A minha intervenção prioritária incide no investimento das potencialidades dos alunos.
O futuro, o desenvolvimento social e económico, o progresso de um país passa pela escola, pela valorização e utilização do saber, pela visão integradora dos saberes e pela relação teoria e prática. De que adianta o conhecimento e não saber, de forma autónoma e crítica, aplicar as informações?

sábado, 4 de outubro de 2008

Nos tempos que correm… é preciso acreditar.

Artigo publicado na Revista Andarilho, n.º 27, p. 6, 2005.
«É preciso acreditar, confiar e jamais desistir. Maior que o querer, é lutar e vencer».
Nos tempos que correm, é necessário a mensagem desta canção brasileira para a educação, para o interior das escolas, para o espírito dos educadores e dos educandos, no momento em que assistimos a um pessimismo generalizado quanto ao futuro da educação.
Temos muita habilidade para mexer no acessório, no que é mais fácil mudar, no que envolve menos riscos e raramente damos resposta a questões fundamentais:
- os percursos escolares adaptados aos interesses e necessidades dos alunos e da sociedade;
- as melhores estratégias para remediar as falhas em aprendizagens anteriores;- a integração dos alunos enquanto pessoas com vidas, muitas vezes, confusas e sofridas;
- a atomização e padronização dos tempos e espaços numa lógica disciplinar.
Nos tempos que correm, somos absorvidos por inúmeras tarefas burocráticas. Muitos só pensam em papéis, no número de páginas que tem o Projecto Curricular de Turma, no tempo que demorou a elaborar (em regra durante todo o primeiro período), na duração e quantidade de reuniões e não na sua produtividade. Quanto tempo fica para trocarmos ideias sobre educação?
É preciso acreditar que, ainda, podemos reconquistar o prazer de ensinar e de ser professor.
É preciso acreditar que podemos fazer coisas em conjunto, interdisciplinarmente, sem a exigência administrativa de apresentação de projectos desincentivadores e desmotivantes.
É preciso acreditar que todas as disciplinas devem ter o seu projecto e juntando-os temos novos projectos, que podem esvaziar a Área de Projecto, herdeiro da Área Escola, que já muitos dizem, igualmente, frustrante.
É preciso acreditar que os jovens sentem que nos preocupamos com eles, que os conhecemos, que nos interessamos pelos seus problemas, que os queremos ajudar, que a nossa atitude deverá ser a «pedra de toque» que iluminará o seu futuro.
É preciso acreditar no contacto com a realidade, no impacto motivador das metodologias activas, no aprofundamento da sociabilidade interpares, na ligação da teoria à prática, na aliança da escola à vida.
É preciso acreditar que a escola do quadro e do giz precisa de uma profunda remodelação.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Catálogo da Exposição Comemorativa

Catálogo da Exposição Comemorativa do 20.º aniversário da EB 2/3 Frei Caetano Brandão, realizada em 8 de Novembro de 2002:
1- Retrato em Azulejo situado na estação da CP de AVANCA, Aveiro.
2- Busto existente junto à igreja de Loureiro , concelho de Oliveira de Azeméis.
3- Casa onde nasceu, em Loureiro, Oliveira de Azeméis.
4- Nome de Rua, em Loureiro, Aveiro.
5- Selo Episcopal.
6- Brasão de Armas do Arcebispo.
7- Busto existente no Colégio de S. Caetano.
8- Sepultura do Arcebispo na Capela da Sr.ª da Piedade, na Sé Primaz de Braga.
9- Primitivas instalações do Colégio, fundado por Frei Caetano Brandão, voltadas para o campo D. Luís I.
10- Primitivas instalações do Colégio, voltadas para a Praça do Município.
11- Primitivas instalações do Colégio no Campo de Touros.
12- Foto do Colégio fundado por Frei Caetano Brandão.
13- Rua bracarense com o nome do patrono da escola.
14- Retrato de Frei Caetano Brandão existente no tecto do salão nobre da Câmara Municipal de Braga.
15- Lápide colocada no primitivo edifício do Colégio de S. Caetano, na Praça do Município, por ocasião dos 200 anos da sua fundação.
16- Casa da ordem franciscana onde estudou D. Frei Caetano Brandão.
17- Feira agro-industrial, de 1863, no Campo de Sant’Ana, cujo precursor foi Frei Caetano Brandão.
18- Hospital de S. Marcos onde Frei Caetano fundou uma Escola de Cirurgia.
19- Concurso de Oliveiras, por edital de Frei Caetano Brandão, em 1792. Deste certame resta este exemplar existente no Adro da Igreja da freguesia de Santa Eulália de Negreiros, Barcelos.
20- D. Maria I, nomeou-o Bispo de Belém do Pará e, posteriormente, Arcebispo de Braga.
21- Capitanias do Brasil ao tempo de Frei Caetano.
22- Índios Brasileiros.
23- Memorial sobre a Estátua de Frei Caetano Brandão em Belém do Pará.
24- Paço Arquiepiscopal de Braga.
25- Farmácia dos Órfãos fundada por Frei Caetano.
26- Sacristia da Igreja do Hospital de S. Marcos, onde se encontra um retrato a óleo de D. Frei Caetano.
27- Livros aconselhados pelo prelado bracarense.
28- Retratos vários de Frei Caetano Brandão.
29- Certidão de nascimento de Frei Caetano Brandão.
30- Certidão do segundo casamento da mãe de Frei Caetano Brandão.
31- Bula Roman Pontificis, de Pio VI, onde o transfere do Pará para Arcebispo de Braga.
32- Bula de 1794. Pio VI concede a Frei Caetano Brandão as pensões das Igrejas de S. Salvador e Barbudo para aplicação no Colégio de S. Caetano.
33- Provisão do Arcebispo Frei Miguel da Madre de Deus, 1824, concedendo os frutos da Abadia de Santa Maria de Sanfins do Douro à utilíssima instituição fundada por Frei Caetano Brandão.
34- Nomes de assinantes da 1.ª edição das Memórias de D. Frei Caetano Brandão.
35- Cartão pessoal do Santo Padre Cruz, onde manifesta interesse em estar presente na festa a Frei Caetano Brandão.
36- Carta do Santo Padre Cruz, Director interno do Colégio de S. Caetano, onde solicita a Sua Ex.ª Reverendíssima, autorização para o canto do credo na festividade do patrono da instituição.
37- Original da Provisão de D. Frei Caetano Brandão, de 1794, sobre a Administração geral dos bens.
38- Confirmação Régia da Fundação do Colégio de S. Caetano por Frei Caetano Brandão.
39- Bibliografia vária de e sobre Frei Caetano Brandão.